1. |
O Corpo Rebelde
02:03
|
|
||
Na tempestade se encontra
Fugitivas do confinamento
Encarnação de um mundo
De mulheres subversivas
O capitalismo destruiu
A herege
A curandeira
A mulher corajosa que vivia só
A mulher obeah que envenenava o amo
A mulher que incitava a rebelião dos escravos
Você é uma bruxa por ser mulher
O capitalismo destruiu
A herege
A curandeira
Agressivas
Desobediente
Indomável
Revolucionárias
Letra: Elaine Campos
|
||||
2. |
Propaganda
02:23
|
|
||
Não é você que enfrenta
Mas ela está na sua mente
Fora da sua boca
E no que você diz
As palavras que você escolhe
A maneira como você pensa
Fora da sua boca
E no que você diz
Na televisão
Na sua mente
Em propagandas
Na sua mente
Na televisão
Na sua mente
Em capas de revistas
Na sua mente
Imagens de corpos sexualizados
Vender sexo
Conotações sexuais
Vender sexo
Objetificação sexual
Vender sexo
Exploração sexual
Vender sexo
Letra: Elaine Campos
|
||||
3. |
Sistemas
01:31
|
|
||
Estrutura e sistema em ruínas
É o estado a entidade que se depara com a crise
Represento parte dessa crise
E farei de tudo para agravar essa crise
Rompi relações com sistema
Eu não pertenço a eles
Me chamam de fugitiva,
Eu os chamo de meus fugitivos
Querem me prender,
Mas eu quero prendê-los
Estrutura e sistema em ruínas
É o estado a entidade que se depara com a crise
Represento parte dessa crise
E farei de tudo para agravar essa crise
Rompi relações com sistema
Eu não pertenço a eles
É somente uma questão de tempo
De quem vai ser executado
É somente uma questão de tempo
De quem vai ser capturado
Querem me prender,
Mas eu quero prendê-los
Querem me executar,
Mas eu quero executá-los
Letra: Elaine Campos
|
||||
4. |
O Prego e o Caixão
03:05
|
|
||
Ignorando o mundo ao seu redor
Confortavelmente em sua bolha de luxo e ilusão
Elite mesquinha, vazia e pedante
Fazem do status sua retórica suja
Propagando seus próprios axiomas
Alimentando o ódio sem informação
Criando demônios à sua nução
Sobrevivendo ao descaso do mundo ao redor
Sentindo na pele a austeridade neoliberal
Massa carente, sem perspectivas
Procuram esperança em retóricas sujas
Cansados de promessas nunca cumpridas
Compram meias verdades sem hesitação
Crucificam algum demônio por remição
O ódio turva a visão
Lhe trás o prego e o caixão
Letra: Kiko
|
||||
5. |
Clandestinas
02:13
|
|
||
Em casa ou na rua, ouço longas histórias
Amigas, vizinhas ou desconhecidas
Experiências que remontam várias gerações
Das formas de fazer, das formas de lidar
Nós, mulheres, continuamos a abortar
Conjuntura política que se transforma
Divergências que aumentam a criminalização
Do aborto em todas as situações
Pra que a autorização judicial?
Nós, mulheres, continuamos a abortar
Abortamos em condições e épocas de vida diferentes
Abortamos quando já somos mães
Abortamos adolescentes, jovens ou adultas
Abortamos solteiras ou casadas
Acompanhadas por médicos, de amigas ou sozinhas
Letra: Elaine Campos
|
||||
6. |
Condicionado ao Consumo
02:16
|
|
||
A ambição à tudo cega!
Todo esforço é facilmente justificado
Quando o objetivo
É tido como essencial
A eterna corrida pelo acúmulo
Desfoca a atenção
O próximo é só mais um concorrente
Ao seu lugar ao sol
Doutrina da disputa
A cada passo
Nos impede de questionar...
A real necessidade
De comprar, de consumir
De acumular
De investir
Trabalhando mais
Pra poder comprar mais
O ciclo da morte
Do homem liberal
Letra: Kiko
|
||||
7. |
Foice Forte
02:07
|
|
||
Vou passar a verdade a limpo
Afasta-se, não insista
Meu braço é machado, foice-forte, corte
Não levante sua voz querendo me calar!
Sou a sombra em sua porta
Sou tocaia na esquina
Sou o nó que não desata
Não sou mais oprimida
Sou aço, sou asco, sou pesadelo, cheguei pra abalar
Sou aço, sou asco, sou pesadelo, cheguei pra abalar
Não serei mais notícias de jornal
Não aceito mais agressões
Meu braço é machado, foice-forte, corte
Não levante sua voz querendo me calar!
Sou a sombra em sua porta
Sou tocaia na esquina
Sou o nó que não desata
Não sou mais oprimida
Sou aço, sou asco, sou pesadelo, cheguei pra abalar
Sou aço, sou asco, sou pesadelo, cheguei pra abalar
Letra: Elaine Campos
|
||||
8. |
Desenraizados
02:21
|
|
||
Não tem identidade que me tenha oferecido refúgio
Não tem identidade que me tenha considerado
Não tem identidade que assuma todos os riscos
Resistente a intempérie
Resistente a rua
Resistente a vulnerabilidade
Estou fora de todos os mandatos
Estou fora dos códigos de convivência
Estou fora dos códigos de obediência
Resistente a intempérie
Resistente a rua
Resistente a vulnerabilidade
Fugindo de situações
de perseguição
Refugiados, rejeitados,
desenraizados, desvinculados
Resistente a intempérie
Resistente a rua
Resistente a vulnerabilidade
Letra: Elaine Campos
|
||||
9. |
Interlúdio
01:59
|
|
||
10. |
Justiça Suja
01:23
|
|
||
Aperta o gatilho
Amarra no poste e espanca
Julga sem raciocinar
E mata
Justiça suja
De sangue nas mãos
Faz outra vítima
Faz-se lei absoluta
Acusa e crucifica
E mata
Justiça suja
De sangue nas mãos
Irracional
Incoerente
Abre mão
Da humanidade
Letra: Kiko
|
||||
11. |
As Tuas Dores
03:33
|
|
||
As tuas dores
Mais as minhas dores
Vão estrangular a opressão
Os teus olhos
Mais os meus olhos
Vão falando da revolta
A tua cicatriz
Mais a minha cicatriz
Vão lembrando o chicote
As minhas mãos
Mais as tuas mãos
Vão pegando em armas
A minha força
Mais a tua força
Vão vencer o imperialismo
A tua cicatriz
Mais a minha cicatriz
Vão lembrando o chicote
O meu sangue
Mais o teu sangue
Vão regar a vitória.
* Poesia de combate, de Armando Emílio Guebuza, Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), 1966.
|
Rastilho São Paulo, Brazil
Formada em 2015 em São Paulo por integrantes de bandas como Abuso Sonoro, Bandanos, Questions, O Cúmplice, Stench of Death, Basalt, Plague Rages, Labirinto e Reiketsu. Sua música mistura de Crustpunk/Metal com muita agressividade e melodias. Letras c/ duras críticas sociais. Formação: Elaine Campos (Vox), Paulistinha (baixo), Kiko Bueno (guitarra), Marcelo Papa (guitarra) e Luiz Claudio (bateria). ... more
Streaming and Download help
If you like Rastilho, you may also like:
Bandcamp Daily your guide to the world of Bandcamp